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KEEP THE FAITH
(Escrita e composta por Glen
Ballard, Siedah Garret, e Michael Jackson. Produzida por Michael Jackson;
coproduzida por Bruce Swedien. Gravada e mixada por Bruce Swedien. Arranjo por
Glen Ballard, Jerry Hey e Rhett Lawrence. Arranjo do coro pelo Coro Andraé
Crouch. Vocais solo e background: Michael Jackson. Vocais de fundo: Siedah
Garret e Shanice Wilson. Piano e baixo: Jai Winding. Bateria, percussão e
sintetizadores: Reth Lawrance. Bateria e percussão: Bruce Swedien.
Sintetizadores: Michael Boddicker. Guitarra: David Williams)
“Keep the Faith”
reúne o mesmo time (exceto Quincy Jones) que criou “Man in the Mirror”. Como
a predecessora dela, “Keep the Faith” é uma música sobre superar barreiras e
acreditar na habilidade de alguém em fazer diferença no mundo. Enquanto a letra
pode ser um pouco clichê, a execução vivaz de Jackson aumenta o motivacional
fervor gospel da faixa. Na verdade, para apreciar completamente a música, é
preciso entender o papel que igreja negra – e a música gospel – tem desempenhado
na história americana, como uma força de solidariedade, apoio e fortalecimento
em face da opressão e injustiça. Com raízes na dor e na emoção de espirituais e
blues, músicas gospel contam uma história
de sofrimento e resistência. Elas conectam o presente com o passado. Como
W.E.B. Du Bois escreveu na virada do século: “A música da religião Negra ainda
mantem-se a mais original e bela expressão da vida humana e saudade já nascida
no solo americano... Intensificada pela trágica vida da alma de escravos... ela
se tornou uma verdadeira expressão do sofrimento, desespero e esperança de um
povo”. Infusão Gospel de “canções de
liberdade”, é claro, também desempenharam um papel chave no movimento dos
direitos civis.
Jackson, dessa forma, está
tocando em um gênero com um profundo e rico passado, o entendimento dele sobre
isso começou coma mãe dele, que foi criada no Sul. Ele também cresceu escutando
artistas como Sam Cooke, Ray Charles e James Brown, todos os quais tinham
raízes no gospel, mas misturaram isso ao soul
e ao rhythm and blues e a tornou
acessível a um público “pop” mais amplo.
Em “Keep the Faith”,
Jackson segue nessa tradição. Talvez, com a audiência global, multicultural
dele em emente, ele evitou específicas referências religiosas em favor de algo
mais universal. O destaque é o impetuoso chama-e-responde com o Coro Andraé
Crouch, que imita a dinâmica entre pregador e congregação. “A letra é como um
apropriado sermão no Domingo por um vivaz pregador tentando elevar a
congregação dele a encontrar os desafios que a vida propõe”, escreve o crítico
musical John Kays. Na verdade, o que começa com um aparentemente leve número autoajuda
desenvolve-se para uma arrebatadora chamada por resolução e determinação. “Sentar
a um piano e tê-lo cantando... é simplesmente uma experiência religiosa”,
recorda o colaborador Glen Ballard. “O cara é maravilhoso... Ele é expressivo,
tem excelente tom, faz incríveis backgrounds.
Os backgrounds dele são,
provavelmente, tão bons quanto os de qualquer um que eu tenho ouvido. Eles são
texturas em si mesmas.”
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