9.
DIRTY DIANA
(Escrita
e composta por Michael Jackson, produzida por Quincy Jones. Arranjos rítmicos
por Michael Jackson, John Barnes, e Jerry Hey. Arranjos de sintetizadores por
Michael Jackson, Quincy Jones e John Barnes. Arranjo de cordas por Jhon Barnes.
Arranjos vocálicos por Michael Jackson. Programação de bateria: Douglas
Getschal. Vocais solo e background e clave clapstick: por Michael Jackson. Solo
de guitarra: Steve Stevens. Bateria: John Robinson. Guitarra: Paul Jackson Jr.
e David Williams. Synclavier: Christopher Currell. Synclavier sintetizações:
Denny Jaeger. Sintetizadores: John Barnes, Michael Boddicker e Randy Waldman)
Com “Dirty Dina”, Jackson está de volta em
território cinematográfico. Desde os efeitos do som de abertura, a sensação é
tensa, envolvente, dramática. O vídeo musical (dirigido Joe Pytka)
perfeitamente captura o drama da música, enquanto Jackson, cantando para uma
audiência ao vivo, olha ansiosamente para o lado do palco, onde uma mulher é
vista, em silhueta, saltando de uma limusine. É uma música sobre culpa, fama e
sedução.
Jackson queria uma
música no álbum com um bem afiado sentimento rock, algo que daria à música um entalhe superior a “Beat It”. Para
esse fim, ele alistou o serviço do ex-guitarrista do Billy Idol, Steve Stevens, quem apresentou um solo de guitarra muito
expressivo. Ele e Quincy Jones também decidiram adicionar barulho de multidão
para dar à faixa um sentimento vivo, cru, enquanto o arranjo de cordas de John
Barnes forneceu a atmosfera. Tudo isso cria o palco perfeito para a narrativa
tensa de Jackson, a qual Quincy Jones descreveu como uma versão atualizada de
“Killing Me Softly” (uma música que Jones produziu).
Como aquele clássico e
“Billie Jean”, de Michael Jackson, “Dirty Diana” é uma música sobre uma
predadora “groupie”. Ao contrário de como é em “Billie Jean”, o personagem de
Jackson não está mais negando interesse e culpabilidade. Em vez disso, em
detalhes vívidos, ele pinta uma imagem de uma mulher “que espera às portas dos
bastidores por aquele que tem prestígio”, e um homem que está tanto intrigando
quanto temeroso. A música é estruturada como um dramático diálogo de sedução e
racionalização. O personagem de Jackson é casado, o que aumenta ainda mais a
tensão situacional. Quando Diana diz: “Eu odeio dormir sozinha/Por que você não
vem para casa comigo”, Jackson responde que sua “amada está em casa/Ela
provavelmente está preocupada esta noite/Eu não liguei para/ Dizer que eu estou
bem”.
Jackson executa o intencional
conflito da tentação com perfeição, capturando a frustação, culpa, excitamento,
raiva, e dor de uma infiel. A sexualidade da música é, de longe, a mais
explicita dele, à data; mas como todas as melhores composições de Jackson sobre
relacionamentos, a história é sutil e sugestiva o bastante para permanecer
aberta à interpretação.
Sonoramente, a música
foi um solavanco para aqueles que estavam esperando a melódica R&B de Off The Wall ou, mais ainda, de
Thriller. No vertiginoso clímax dela, Jackson repetidamente grita, “Come
on!” enquanto o solo de guitarra de Steve Stevens ecoa com abandono entre lasers e fãs gritando. “Dirty Diana”
tornou-se o quinto single do álbum a
alcançar o #1 no Billboard Hot 100.
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