4.
LIBERIAN GIRL
(Escrita e composta por Michael
Jackson; produzida por Quincy Jones. Programação de bateria: Douglas Getschal.
Programação de sintetizadores: Steve Porcaro. Arranjos rítmicos por Michael
Jackson, John Barnes e Quincy Jones. Arranjo de sintetizadores por Jerry Hey,
John Barnes e Quincy Jones. Arranjos vocálicos por Michael Jackson e John
Barnes. Arranjo do Canto Swahili por Caiphus Semenya. Vocais solo e background:
Michael Jackson. Beteria: Miko Brando, Ollie E. Brown e John Robinson.
Percussão: Ollie E. Brown e Paulinho Da Costa. Sintetizador e efeitos:
Christopher Currel. Sintetizadores: John Barnes, Michael Boddicker, David Paich
e Larry Williams. Canto Swahili: Letta Mbulu)
Uma vez que Jackson tinha, com sucesso, acelerado os
ouvintes para fora do mundo de controle e limitações da “sociedade civilizada”,
nós, de repente, somos transportados para uma distante, primal, floresta da
África (Jackson fez um movimento similar em “Black or White”). A justaposição é
impressionante. O som muda de mecânico para natural, enquanto o barulho de
engrenagens se dissolve dentro de distantes choros de pássaros e animais. Para
Jackson, essa África imaginada parece representar um mundo puro, rico, mais conectado.
A “Liberian Girl” na música é o exato oposto do policial branco: enquanto ele é
híper-masculino, dominador, moralista e assustador, ela é feminina, misteriosa,
sensível e amorosa. “Garota Liberiana”, Jackson canta para ela, “Você sabe que
você veio e mudou meu mundo”. Ela o libertou do estado anterior de medo e
repressão e abriu um mundo mais fluido, expressivo, de música e amor.
Tanto Quincy Jones
quando Bruce Swedien tem apontado “Liberian Girl” como um exemplo da única e
vívida imaginação artística de Jackson. “Todas as coisas dele são muito
diferentes”, Quincy Jones explicou. “Eu quero dizer ‘Liberian Girl’, quem
pensaria em uma coisa dessas? É maravilhoso. O imaginário e tudo mais. Isso é
[uma] fantasia maravilhosa.” Bruce Swedien a chamou de “uma das minhas mais
absolutas favoritas de todas as músicas que eu fiz com Michael”.
A música começa com uma
íntima introdução Swahili (falada por Letta Mbulu), “Naku penda piya, naku taka piya – mpenziwe (o que se traduz como:
“Eu também amo você, eu também quero você, meu amor”), seguida por uma bateria
profunda, exótica, e exuberante instrumentação. O Los Angeles Times descreveu a faixa como a melhor balada do álbum,
evocando uma “obscura atmosfera tropical, matizes de jazz e letra menos sentimental [que ‘I Just Can’t Stop Lovin’ You’]”.
Os vocais de Jackson são requintados, lindamente transmitindo a paixão e anseio
da música. “A harmonia principal, o grande bloco background... são, absolutamente, estelares”, nota Bruce Swedien. O
resultado é um intoxicante e incomum amor que forçou uma primária audiência
branca a considerar a beleza e a vitalidade de uma mulher africana.
O último single lançado de Bad, “Liberian Girl”, é um dos das joias ocultas de Bad, muitas vezes subestimada em um
álbum embalado com bem-conhecidos sucessos. A música é ainda outra cápsula de
sonho para na qual Jackson transporta os ouvintes para um vívido paraíso de
possibilidades.
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