11.
PRIVACY
(Escrita
e composta por Michael Jackson. Rodney Jerkins, Fred Jerkins III, LaShaw Daniels e
Bernard Bell. Produzida
por Michael Jackson e Rodeny Jerkins. Gravada por Rodney Jerkins, Jean-Marie
Horvat e Brad Gilderman. Edição digital: Harvey Manson Jr. e Paul Cruz. Mixada
por Jean-Marie Horvat e Rodney Jerkins. Arranjo de cordas: David
Campbell. Vocal guia: Michael Jackson. Vocais backgrounds: Michael Jackson e
LaShawn Daniels. Guitarras: Michael Thompson. Baixo: Nathan East. Bateria:
Gerald Hayword e Emanuel Baker)
“Privacy” tem Jackson no ataque, pois ele rosna sobre
a tática crescentemente antiética da mídia, acima de uma batida triturante e o
som de flashes de câmeras. A música
bate tão forte quanto nenhuma outra no álbum, o tom agressivo dela suplementado
por sinfônicas cordas e preenchimentos da guitarra cortante de Slash. O
conteúdo é, claro, um clássico Michael Jackson. Na verdade, é justo dizer,
nenhum músico popular do século 20 foi um crítico tão consistentemente feroz da
mídia quanto Michael Jackson. Como um comunicador de massa, ele mesmo, ele
entendia o enorme poder que a mídia tinha sobre a percepção da realidade pelo
público. Músicas como “Privacy” eram intentadas tanto para alertar as pessoas
para a fraude da mídia (“Você deixa as pessoas confusas...”) e afirmar a
humanidade dele em face das táticas de desumanização (“Você tenta me fazer perder
o homem que eu realmente sou”).
Como em anteriores
faixas destinadas à mídia, Jackson é sagaz o bastante para fazer a música sobre
mais que ele mesmo. No segundo verso, ele reconta a morte sem sentido da
Princesa Diana, quem foi, notoriamente, perseguida por repórteres de tabloides,
quando o carro dela bateu, fatalmente, em 1996. “Meus amigos foram perseguidos
e confundidos, como muitos outros que eu conheço/ Mas neste frio vento da
noite, meu orgulho foi arrebatado.”
A identificação de
Jackson com outras “celebridades” caçadas pelos paparazzis pode não extrair muita simpatia do ouvinte mediano. Mas
Jackson, claramente, sente que isso é uma grande “mensagem” em jogo, em tal
tragédia. O “orgulho dele é arrebatado”, por causa de uma realização que o
valor dele como ser humano é reduzido a quanto lucro ele pode gerar para uma
mídia predadora. Ele está se dirigindo, em outras palavras, a um sistema de escravização
e exploração. Desesperado em evitar o destino dele, ele sacode o punho dele para
o paparazzi que se aproxima, avisando:
“Fique longe de mim!”
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