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domingo, 28 de outubro de 2012

Capítulo 5 - HIStory: "Money"




7.             MONEY
(Escrita e composta por Michael Jackson. Produzida por Michael Jackson. Arranjo: Michael Jackson. Vocal guia e background: Michael Jackson. Teclado e programação: Brad Buxer) 
 
Em 1995, era fácil ver a faixa seguinte, “Money”, como uma continuação das queixas pessoais de Jackson. Felizmente, anos mais tarde, ela pode ser apreciada, simplesmente, pelo que ela é: uma intrigante joia, com uma mensagem muito relevante, que denuncia ganancia e materialismo. Como o single do Pink Floyd, de mesmo título, a faixa explora como o amor pelo dinheiro – e o sistema de interesses egoísticos que ele simboliza – pode consumir (e frequentemente consume) completamente a pessoa. “Você está infectado pela mesma doença da luxúria, gula e ganância?”, Jackson pergunta aos ouvintes dele. Nos versos, ele quase sussurra a sinistra acusação dele: “Então, você vai à igreja/ Lê a palavra sagrada/No esquema da vida/ Tudo isso é absurdo.” Religião, ele está sugerindo, é, frequentemente, nada mais que fachada, quando o verdadeiro objeto de adoração de alguém é o dinheiro. “Você quer um pote de ouro”, ele canta em outro verso. “Precisa do toque de Midas/Melhor você vender sua alma/Aposto que você vende sua alma/ Porque seu Deus é assim.” Há incisivas palavras direcionadas a uma cultura de tele-evangelistas, esquemas de enriquecimentos rápidos, corrupção corporativa e uma obsessão social comandada com riqueza e status.
Composta e produzida inteiramente por Jackson, a música se desenvolve em três brilhantes linhas de baixo sobrepostas e um rap falado. “Michael é um mestre artesão”, diz Brad Buxer, quem trabalhou com Jackson na faixa. “Ele veio com este groove. Nós estávamos usando samplers Emulator 3, e ele disse: ‘Eu gosto deste som no meio do refrão. ’ Assim, nós colocamos elementos no refrão, isolamos certos transientes e os reacomodamos. Basicamente, eu apenas segui as instruções de Michael.” Quando a música progride, ela se desenvolve em um arranjo de ritmos fantasticamente postos em camadas e harmonias que remontam ao melhor trabalho dele em Off the Wall.
 

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