11.
TABLOID JUNKIE
(Escrita
e composta por Michael Jackson, Jimmy Jam e Terry Lewis. Vocais líder e
background: Michael Jackson. Teclado e sintetizadores: Jimmy Jam e Terry Lewis)
Depois da suplicante vulnerabilidade de “Childhood”,
a provocativa “Tabloid Junkie” é uma denúncia de pleno direito contra a mídia
de notícias e a crescente tendência dela por sensacionalismo, exploração e
desinformação. Os críticos têm, tipicamente, avaliado tais músicas como exemplos
do complexo de perseguição e autopiedade de Jackson, mas tal desdém perde um
fato mais importante: diferentemente da maioria das músicas pop, que contém sentimentalidade baratas
e clichês reciclados, Jackson, nesta faixa mais que ambiciosa, está cantando verdade
para ligar um assunto com relevância que vai além da vida pessoal dele.
A música começa com a
autoritária voz de um apresentador de notícias, negligentemente, repetindo
informações de tabloides como fatos. É um tipo de momento Orwelliano pós-moderno,
no qual a mídia dominante se torna a controladora e a manipuladora da realidade
social da audiência dela. A verdade é irrelevante. O que importa é
entretenimento, audiência e um tipo de vício por espetáculos infinitos. Fatos
são o que é transmitido nas redes de TV para
uma audiência passiva, não crítica. Na música, enquanto o apresentador fala,
teclados começam a tocar freneticamente, ilustrando quão rápido as histórias
(se verdadeiras ou falsas, importantes ou desimportantes) são consumidas,
copiadas e espalhadas.
Neste caso, muitas das histórias
envolvem o “estranho e esquisito” Michael Jackson, que, tanto para os
repórteres quanto para audiência, não é mais um humano, mas um objeto de
consumo (à la “Wanna Be Startin’ Somethin’”).
Jackson permite que as
reportagens incessantes cresçam até se tornarem um frenesi total, com sons de
animais representando os, então, ditos jornalistas (a música quase foi
intitulada “Tabloid Jungle”).
“Especular para
destruir quem você odeia”, Jackson canta em um áspero rap de abertura, “Circula a mentira que você confiscou/ Assassina e
mutila/ Enquanto a perseguidora mídia está histérica”. Interessantemente, nesta
faixa, os versos são apresentados em ritmos curtos, batidos, antes de a melodia
chegar ao refrão, repetindo o mantra: “Só porque você leu isso em uma
revista/Viu isso em na tela da TV/
Não torne isso um fato, uma verdade.” Jackson, em essência, está fornecendo
antiprogramação aos “noticiários”. Entre versos, o apresentador continua a
recitar histórias antes de Jackson suplicar à audiência dele para não acreditar
nelas. “É calúnia”, ele proclama mais tarde na música. “Você diz que isso não é
uma espada/Mas com sua caneta você tortura homens/ Você crucifica o Senhor.”
Ele, mais tarde, refere-se à mídia como “parasitas em preto e branco”. Essas
são letras poderosas de um artista que um crítico alegou que tinha “uma consciência,
lamentavelmente, estreita da vida”.
“Tabloid Junkie” é uma
polêmica de quatro minutos e meio, habilmente construída sonoramente em camadas
(a percussão é, mais uma vez, construída no beatboxing
de Jackson), que reivindica a verdade e a responsabilidade. Rolling Stone descreveu a faixa como uma
“gigantesca construção funk-rock” com
“exuberantes harmonias vocálicas” e “rápidos avisos vocálicos sobre a falta de verdade
da mídia”. Na verdade, em uma era quando a mídia principal e cobertura tabloide
são confundidas mais que nunca; quando a obsessão por celebridades,
consistentemente, triunfa sobre notícias mais importantes; e telespectadores
sem discernimento são frequentemente distraídos ou enganados sobre a verdade, a
música de Jackson continua uma relevante resposta e aviso.
5 comentários:
Para quem foi dedicada a frase "Ela é loira e é bissexual" em Tabloid Junkie????
Por favor me responda preciso saber!!!!
Beijackson's ♥
Eu diria se eu soubesse, mas eu não sei. Eu pens que ele não estava se referindo a ninguém em especial, mas quem sabe...
Eu descobri! Foi pra Marilyn Monroe!
Essa midia escrota affe!
Love Mike forever ♥
Ah, foi é? Eles diziam que Marilyn era bissexual? Eu não sabia. Eu vi um filme sobre ela, na verdade partes, e fiquei muito triste por ela. Teve uma vida de cão, foi explorada, abusada, humilhada, a mãe era esquisofrênica...
Eu vi, agora mesmo, que uma autora feminista escreveu uma biografia dizendo que Marilyn tinha casos com mulheres. Você sabe, né? Feministas adoram esta "liberdade" sexual toda. Bem, eu não tenho nada contra bissexuais.
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