3. IN THE CLOSET
(Escrita
e composta por Michael Jackson e Teddy Riley. Produzida por Teddy Riley e
Michael Jackson. Gravada e mixada por Bruce Swedien, Teddy Riley e Jean-Marie
Harvat e Dave Way. Sequência e programação: Wayne Cobham. Arranjo rítmico por
Teddy Riley. Arranjo de sintetizadores por Teddy Riley. Arranjos vocálicos por
Michael Jackson. Dueto: Michael Jackson e Princesa Stephanie de Mônaco. Vocais
solo e background: Michael Jackson. Teclado e sintetizadores: Teddy Riley)
A tensão sexual
é palpável neste pouco conhecido hit Top
Ten (a música chegou a # 6 nos
Estados Unidos em 1992). A faixa foi inicialmente concebida como um dueto com
Madonna, mas ela passou, depois que Jackson não quis a letra dela. Entretanto,
Jackson foi capaz de alcançar a ambiguidade sugestiva pela qual ele esperava.
Desde o intencionalmente provocativo título, “In the Closet” joga com as
expectativas sobre identidade e sexualidade. (“Somente Jackson usaria esse
título para uma canção de amor heterossexual que começa dizendo: ‘Não esconda
seu amor/ De mulher para homem’”, satiriza John Pareles.) Apresentando uma
batida fluida, estrondosa, e as sensuais súplicas de uma garota misteriosa
(performada pela Princesa Stephanie de Mônaco), Jackson canta saudosamente
sobre um secreto caso de amor.
Na
crítica de 1991, o New York Times
descreveu a faixa como a “melhor música do álbum”: “é o tipo de música que faz
Jackson um megastar, quando a era da AIDS começa”, observa Jon Pareles, “tudo
sobre desejo e negação, risco e repressão, isolamento e conexão, privacidade e
revelação. Mais uma vez, Jackson enfrenta uma mulher sedutoramente perigosa,
incorporada por uma voz feminina dizendo coisas como: ‘Se está doendo, você tem
que esfregar’. Ela não apenas quer seduzi-lo, ela quer ‘abrir a porta’,
enquanto ele insiste (contrariamente à introdução dele) que eles ‘mantenham
isso em segredo’. O cantor está dividido, querendo ‘dar para você’, mas se
segurando; as últimas palavras sussurradas dele são ‘Desafie-me’, seguidas pelo
som de uma porta – fechando, ou sendo escancarada”.
Esse
é um dos inúmeros efeitos sonoros bem executados. Começando com um elegante
piano e prelúdio de cordas, a música prossegue em experimentar com todo tipo de
som de percussão: vidros quebrando, portas batendo, dedos estalando, e uma
variedade de barulhos industriais. Jackson também usa uma série de grunhidos e
gemidos para transmitir a sensualidade de álbum. A persistente, giratória
batida, contudo, e a mais memorável apresentação da música. Originalmente
concebida por Jackson no Dictaphone dele, ela foi aprimorada no estúdio, com
coprodução de Teddy Riley. “Nós usamos uma variedade de tambores mecânicos, mas
nós comprimimos todos os nossos taróis para fazer um ‘em pop’”, relembra Riley.
“[Isso] foi algo que Michael trouxe, e saiu exatamente como ele queria.”
O
vídeo para “In the Closet”, dirigido pelo renomado fotógrafo Herb Ritts, e
filmado em um rancho balsâmico, desértico, da Califórnia, apresenta Jackson e a
supermodelo Naomi Campbell capturando gota a gota da elegância, paixão e tensão
sexual da música. O vídeo também mostra a extraordinária habilidade dele como
um dançarino, quando ele primeiro age como sedutor (à la “The Way You Make Me
Feel”) e fecha com uma fascinante série de movimentos em silhueta no espaço de
uma soleira de porta.
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