7.
HEAL THE WORLD
(Escrita
e composta por Michael Jackson. Produzida por Michael Jackson. Coproduzida por
Bruce Swedien. Gravada e mixada por Bruce Swedien e Matt Forger. Arranjo do
coro por John Bahler apresentando os Cantores de John Bahler. Orquestra
arranjada e conduzida por Marty Paich. Arranjo rítmico por Michael Jackson. Arranjo
vocálico por Michael Jackson e John Bahler. Vocais solo e background: Michael Jackson.
Vocal solo final: Crista Larson. Garota no playground: Ashley Farell. Teclado:
David Paich e Brad Buxer. Sintetizadores: Michael Boddiecker, David Paich, e
Steve Porcaro. Bateria: Jeff Porcaro. Percussão: Bryan Loren)
Diferentemente de
“We Are The World”, que é amplamente aclamada pela mensagem humanitária e
propósito dela, “Heal the World” foi recebida com generalizado cinismo,
particularmente nos Estados Unidos. O New
York Times a chamou de “pegajosamente doce” e “banal”, enquanto All Music Guide se referiu a ela como
“suavidade de classe média”. Esta dramática mudança na resposta, todavia,
pareceu ser mais um indicador do contexto cultural (o pessimismo e desilusão
geral do grunge e do rap dominavam a cena musical em 1992),
que qualquer diferença nos méritos das músicas.
“Heal the World”, como outros hinos da natureza dele, pode ser visto
como sentimental e idealista. Entretanto, para Jackson, o ponto de um hino humanitário
era muito simples. Ele queria uma música com uma mensagem simples e uma melodia
simples: algo que o mundo inteiro poderia cantar, independentemente de
linguagem, raça ou cultura. Em particular, ele queria que as crianças
desfrutassem e se beneficiassem disso. “Heal the World” era o veículo para
esses objetivos sociais.
A música foi uma das primeiras a serem escritas e gravadas durante as
sessões de Dangerous. Jackson veio
com a melodia e letra em 1989 e começou a trabalhar nela, no estúdio, com Matt
Forger e Brad Buxer, entre outros. Para a introdução, ele teve Forger saindo
para “gravar crianças apenas sendo crianças”. Ele queria que elas dissessem
algo sobre a situação do mundo/planeta/meio-ambiente de uma perspectiva de uma
criança, e ele queria que isso fosse natural e não roteirizado. Isso acabou
sendo uma tarefa mais desafiadora do que parecia ser. “Eu devo ter gravado mais
de cem crianças”, recorda Matt Forger.
“Eu liguei para todos os parentes que eu conheço. Finalmente, eu
entrevistei a filha de uma amiga de minha esposa. Eu comecei fazendo a ela
perguntas sobre a terra e ela disse estas linhas ‘Nós temos que pensar em
nossos filhos e os filhos de nossos filhos... ’ isso foi totalmente sincero.
Sem qualquer pretensão ou instrução.” Forger trouxe isso para Michael e ele
pensou que era perfeito. “Eu comecei editando isso para tirar algo do gaguejo e
Michael disse: ‘Não, não, deixe isso. ‘Ele adorava esse tipo de espontaneidade
e inocência e é isso que ele queria capturar.”
“Heal the Wolrd”, a música, lançou a Heal
the Wolrd Fundation, uma organização dedicada a combater a pobreza, fome
mundial, violência, e doenças pelo globo. Em 1992, a organização sem fins
lucrativos, abriu escritórios pelo mundo e doou milhões de dólares para
crianças desafortunadas, de Los Angeles à Iugoslávia. As inúmeras atividades da
Heal the Wolrd Fundation, no início
dos anos noventa, incluíram doações de suprimentos de inverno para as crianças
de Sarajevo; preparar e enviar “caixas de sapato presentes” para empobrecidas
crianças da Bósnia; transporte aéreo de doses de vacinas infantis, urgentemente
necessárias na República da Geórgia; parceria com a Toys “R” Us e AmeriCares
para entregar milhares de dólares em brinquedos e comida e suplementos para
hospitais infantis em Budapeste; e pagar pelo transplante de um fígado para um
menininho Húngaro.
Sem dúvida que é devido ao profundo impacto pragmático da música, em
todo o mudo, que Jackson considera a canção uma das maiores realizações dele. “‘Heal
the World’ é uma das minhas favoritas coisas entre as que eu já gravei” ele
disse em uma entrevista em 1996, “porque ela é uma canção de conscientização
pública. É algo que eu penso que irá viver nos corações das pessoas por muito
tempo”.
Em janeiro de 1993, com o apoio do ex-presidente Jimmy Carter, Jackson
também iniciou Heal L.A., uma
Iniciativa de Socorro de Crianças, proporcionando “imediata ação para ajudar
crianças e jovens”. Depois de performar “Heal the Wolrd” diante de uma
audiência recorde no show de intervalo
do Super Bowl de 1993, Jackson teve o
cachê de $ 100.000 dólares dele doados para Heal
L.A.
“Quando uma audiência acende as velas e balança para ‘Heal the Wolrd’”,
o amigo de longa data de Jackson, Deepak Chopra, observa, “um espaço é criado,
onde ninguém é ímpio, nenhuma religião pode exercer o exclusivo imaginário
patente dela sobre o verdadeiro Deus. Na medida em que Michael inspirava tal
sentimento, ele curava os próprios demônios e os nossos, se apenas por uma
hora”.
Na verdade, no memorial de Jackson, em 2009, em Los Angeles, um grupo cantando “Heal the World” foi o número final.
A melodia e as palavras dela foram cantadas não apenas por amigos, família e
colegas presentes, mas também por milhões, que assistiram pela TV e online, em todo o mundo. Talvez, o
mais comovente, no entanto, foram os próprios filhos dele, à frente e no centro,
fervorosamente cantando os sonhos utópicos do pai deles.
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