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domingo, 28 de outubro de 2012

Capítulo 2 - Thriller "Baby Be Mine"


2.                BABY BE MINE
(Escrita e composta por Rod Temperton; produzida por Quincy Jones, programação de Sintetizadores por Anthony Marinelli, Brian Banks e Steve Porcaro. Instrumentos de sopro por Jerry Hey. Vocais guias e backgrounds: Michael Jackson. Teclado: Greg Phillinganes. Sintetizador: Greg Phillinganes, David Paich e Michael Boddicker. Bateria: Ndugu Chancler. Guitarra: David Williams. Saxofone e flauta: Larry Williams. Trombone: William Reichenback. Trompete e flugehorn: Greg Grant e Jerry Hey)

A primeira das três canções contribuídas por Rod Temperton, “Baby Be Mine”, diminui o ritmo depois da altamente enérgica abertura, envolvendo os ouvintes na suavidade dela. Reminiscente de “Rock With You”, de Off The Wall, esta subestimada (e sempre negligenciada) canção funk-soul é um testemunho da consistente qualidade do álbum, mesmo no, assim chamado, “conta gotas”. “Imagine se ela não fosse o melhor dos dois não-singles de um artista desconhecido”, escreveu o critico musical Michelangelo Matos. “O doce meio tempo que desliza de “Baby Be Mine” teria, igualmente, borbulhado dentro de uma Top 20 R&B e pegado muitos patins-playes e seria incluída em um recente mix CD, pelos pioneiros DJs europeus e refeita como uma música lenta, pelo menos, três vezes. Nós temos admirado o cantor biônico, o efervescente arranjo de sintetizadores, a batida estalante. Em resumo, ela soaria como o clássico oculto permanente, mesmo à plena vista.
Uma das primeiras faixas a ser gravada para o álbum, “Baby Be Mine” contém um suave sabor disco: o elástico baixo sintetizado dela é acompanhado pelas penetrantes lambidas da guitarra de David Williams e os expansivos trompetes de Jerry Hey. Ela também tem alguma influência de jazz. Quincy Jones descreveu a melodia como similar ao “estilo linha progressiva de jazz de John Coltrane”.
Tematicamente, contrastando com o êxtase maníaco e ansiedade de “Startin’ Somethin’”, é uma graciosa canção de amor, quando Jackson, gentilmente, oferece as promessas dele a uma garota. “Eu não preciso de nenhum sonho, quando estou ao seu lado”, ele canta. “cada momento me leva ao paraíso”. As frustrações e medos da vida estão, temporariamente, amolecidos pelo calor do amor, quando Jackson confidencia: “Você é tudo que este mundo poderia ser/ A razão por que eu vivo”.
No contexto mais amplo do álbum, materiais mais leves como este é o austero alívio das faixas mais sombrias. Interessantemente, a maioria das músicas que Jackson escreveu caiu na última categoria. Mas o contraste funcionou para grande efeito em Thriller. A perspectiva lateral ilumina o “estado contrário” de Jackson (e dos ouvintes). Permitindo que fantasias e sonhos ocupem o mesmo espaço que pesadelos e medos. Stephen Thomas Erlewine, da All Music Guide, chamou a faixa de “positivamente incandescente, talvez não por que seja familiar, mas mais provavelmente porque é uma obra brilhantemente trabalhada”.

 

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